Tá, um jornalista como
Xico Sá é burro quando tenta demonstrar seus "ideais" políticos, até
concordo, em partes. Como leitor assíduo do mesmo, creio que pela carreira
gutemberguiana do cara, lógico que ele não ia bater de frente tão bruscamente
com a linha editorial do veículo para o qual trabalhava se não tivesse seus
motivos, o qual parece que ninguém respeita. Creio que foi saco cheio, momento
"Dia de fúria" com suas linhas futebolísticas-românticas e chefes
sizudos. Achismo. Mas daí ver os descabelados cabos eleitorais virtuais, tanto
de um lado quanto outro, criticar de maneira mútua Folha and Xico, me faz
repensar academicamente como o discurso jornalístico nunca foi aquele
bonitinho, ético, imparcial etc que o 1º semestre ensina com tanto esmero.
A teoria se distância
da prática cada dia mais, em quase todas as áreas de atuação. A coluna de
esportes com subtexto político foi o calcanhar de aquiles antiético da Folha e
de Xico. Sim, são duas partes com percentuais iguais de "culpa" pelo
rompimento de relações. O que me incomoda, e se não lhe incomoda é porque você
é desprovido de senso crítico (ou um simples analfabeto funcional) é o fato de
essa brigada armamentista política de "Ou compactua com minha
opinião, ou somos inimigos" existir e crescer a cada dia que passa. Outra é
achar que o cara pediu demissão porque o governo tá pagando algo, quer dizer
que não se pode ter mais convicções e tocar o foda-se?! Tudo tem que ser pra
seguir regras de alguém, coisa ou instituição?! Se pensam assim, tenho pena de
vocês, mentes lineares e mal acabadas de 8bits.
Vejamos, o cara errou
feio, errou rude, ao bater o pé e querer publicar algo onde não devia. Humano, e
muito, como ele é, porque não haveria o direito de pisar na bola, de frescar,
de xingar e se esbaforir em rede social?! Direitos ele tem. A Folha também.
Logo, os dois foram vitimas do extremismo que hoje assola por todos os cantos
tipo um “Ou você é Bahia ou você é vitória!”. Pra quê isso, e se quiser apenas
ser amante de futebol e não apaixonado por time A ou B?! Meio termo deixou de
ser um direito e passou a ser defeito, há muito, e com maior força desde as
últimas eleições pelo menos. Concordar discordando, elogiar criticando, faz
parte de qualquer linha de raciocínio que possua o mínimo de bom senso.
Iria publicar esse
texto antes, mas com certeza eu seria taxado de “reaça” ou “coxinha”. Mesmo
deixando claro que foi babaquice de Xico e intransigência da Folha o fato do
texto do cronista não poder ter sido publicado no caderno de esportes. Não é o
fato de que “não podia”, concordo que não deveria ser publicado. Mas se fosse
você, ou eu, e não visse uma mera comparação de FlaXFlu e eleições como uma menção
escancarada de voto em X ou Y, apenas aproveitaria o espaço, a fama, as
condições, o veículo em si o publicaria na coluna “Opinião” e pronto?! Emprego
mantido, todos em paz, sem brigas ou polêmicas com os acéfalos facebukianos e
happy end pra todos. Mas ele não o quis, errou, pagou pelo erro, é um direito
dele, e discordar é um direito nosso. Simples assim.
P.S. Na guerra dos adjetivos
salgatinescos sou “Quêbe de Arroz”. Sem mais!