quarta-feira, 15 de maio de 2013

Pró(penso) à deslizes


Ser isso ou isto não significa
Isto ou isso é o ser que representa
Esse ou aquele que incita
Dessa forma, a tal da impotência?!

Não a sexual, pode até ser
Mas a do ato formal pode ser
Que não é o que se vê
O que será no final?

Direto, reto, penso ou torto
Poucos sabem e ninguém quer mais saber
Quem já esteve lá não quer voltar
E se quer, realmente não esteve

Prospecção de um esforço
Realidade ou simulacro?
Quem é capaz hoje de mensurar
O que é o fundo do poço?!

terça-feira, 14 de maio de 2013

Sobre respeito, armários e problemas psiquiátricos


Não possuo muitos leitores assíduos neste blog(Na verdade, não possuo muitos leitores), e de fato esse texto deveria ser bem direcionado e feito em forma de memorando, mas se a carapuça couber em alguém, talvez não seja mera coincidência. Vida que segue.

Temos como premissa básica da convivência humana a palavra que mais ouço ultimamente, quer no mundo real ou virtual:Respeito. Será que realmente sabemos o significado desse termo, que pauta tantos as relações interpessoais?! Talvez sim, ou talvez não. Como já escrevi antes, tudo depende do ponto de vista. Tanto no profissional quanto no pessoal(Faustaniei?! Valei-me!), devemos respeitar sempre, tudo e todos.

E os limites onde ficam nessas relações? Como mensurar as palavras num mundo tão cheio de direitos escritos e ratificados não só na Magna Charta Libertatum , mas também nas Social Networks da vida, homologados com sangue tal qual um pacto divino?! Não temos como saber ao certo, se a palavra mais correta é essa ou aquela, não temos como prever num mundo tão transversal qual a atitude mais correta a ser tomada. Não temos.

Achismos em demasia é o que tenho acompanhando nesses capítulos recentes dessa novela mexicana chamada vida. Engraçado como tudo passa “despercebido” e de repente toma proporções abissais. O simples fato de você, eu ou qualquer um não “irmos com a cara” de fulano ou beltrano não nos dá o direito(Acostumem-se vou usar muito essa palavra no decorrer desse mimimi narrativo) de julgar, mas há uma hierarquia funcional, que serve de norte pessoalmente e profissionalmente, para que limites não sejam ultrapassados e não hajam situações desconfortáveis ao longo das relações.

Direitos e deveres são coisas tão básicas, que até o mais desprovido de raciocínio compreende as maneiras de se agir em casa, na rua, no trabalho, na chuva ou na fazenda(incidental) e se portar como manda aquela parte que “R.I.P” em alguns cérebros, que é responsável pelo bom senso e o respeito mutuo nesse mundo de meninas engavetadas.

Na verdade, ser um estranho no ninho é algo normal nesse mundo de coletividades unilaterais e compartilhamentos de abraços solitários em um monitor Led,Lcd ou Full HD.A culpa é sempre de quem opta por se isolar – pode parecer cruel mas damos aos problemas a proporção que queremos – de fato, é em situações como essas que devemos prezar pela autoavaliação. Onde eu estou errado, onde estamos errados, onde isso aqui tá errado?! Mas cadê a porra do bom senso pra fazer essa reflexão? Ninguém tem. E seguimos na caixinha de introspecção até um dia rolar um“Tiros em Columbine” ou algo pior.

Não é nada pessoal, são só negócios. Soa clichê, mas é a mais pura verdade. Temos infelizmente pessoas que ainda não compreendem essa assertiva. Sinto muito, acostume-se o mundo é assim mesmo. Errado é você que pensa dentro do seu armário que vai encontrar uma bela passagem para Nárnia, um fauno lindo e se casar com ele, e dessa maneira se livrar dos “problemas” que se aglomeram ao seu redor. O mundo real não tem passagem, não tem fauno bonitinho, não tem espaço para coitadismos e não tem frescurinhas ao entardecer. O mundo real tem Freud, tem Edgar Morrin, tem “Behaviorismo” tem Pavlov. Nesse ínterim, temos Gardenal, Disconel, Dienpax, Lexotan, Rivotril e outras pílulas mais.

Por um mundo onde deixemos de ter pena de si mesmos, onde não façamos reflexo nos outros os nossos conflitos internos , onde uma primeira impressão não seja a que fique, onde uma corda no pescoço ou uma bala na cabeça não sejam as primeiras alternativas (a não ser que você tenha tentando todas as opções acima citadas e nada tenha funcionado) dê uma folga pro egoísmo, olhe para o lado e agradeça ao invés de reclamar e esbravejar sempre, surrando teclados, que nada tem culpa. Deixemos de frescuras com nossa “falta de capacidade”,e deixemos de estar insatisfeitos sempre. Devemos deixar de ver o lado ruim das coisas, vamos pensar que o vazio do copo depende da nossa mão para enchê-lo. É um pensamento que todos deveríamos abraçar, antes do tiro fatal, das pernas esticadas ou do pulo no abismo.