sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Às voltas com o (meu?!) mundo parado.

         Incrível é conseguir começar pela primeira vez a escrever algo sem definir título antes. Talvez seja porque a mente está cheia de muita coisa e não sei direito onde tudo isso vai parar. Mas hoje não sei mais se vou falar de flores (eu já escrevi sobre isso por acaso?!) e nem falar só de espinhos. Quero falar de uma vida, uma história, e não é necessariamente a minha. Não, eu acho que não é. Perceber quando tudo vai mudando lentamente e que determinadas situações voltam a acontecer é que mais mete medo em muita gente, e em mim também.

            Certa vez uma pessoa conheceu outra pessoa, que achava ser a solução pros seus problemas, uma válvula de escape, ou alguém que fosse manager das organizações Tabajara no que diz respeito à solução de problemas alheios. Mas não, não era. É impressionante, e às vezes chega a ser hilário, como tendemos a achar “gente” pra ser a solução de algo que só depende única e exclusivamente de uma pessoa: Você/eu mesmo. Não, eu não curto Augusto Cury, apesar do papo aqui estar caminhando pra isso.

            Existem momentos onde temos a certeza que nada vale muito à pena, e que jogar tudo pro alto ou torcer para que o dia “21/12” realmente aconteça. Isso nos leva a crer que perdemos a fé em si (paradoxal eu sei) e que tudo que queremos é de fato um botão de reset (Nunca diga restart!) pra ver se as coisas mudam.

            Rever os conceitos sempre é bom, apesar de parecer propaganda de carro. E por mais absurdo que pareça estou querendo empregar isso em muitas coisas pra ver se realmente os “gurus” tem razão. Perceber que a vida tá rolando e que vários cavalos encilhados passaram e não pudemos montar, isso é chato, mas não é digno de arrependimentos. Acho que não devemos nos arrepender de nada, devemos é pensar, repensar e tré-pensar (acho que inventei isso agora) nas atitudes e consequências, causas e efeitos, ações e reações e por aí vai. Mas isso não nos impede de errar um bocado, na verdade certo ou errado depende de um ponto só: o de vista. E esse é mais relativo do que tudo no mundo.

            Esse enrolation/embromation todo foi só pra dizer que a mudança chega pra todos. Receber o “nuevo” de braços abertos é uma decisão que cabe a cada um. E no começo, disse eu, que não seria algo sobre mim, mas é sim, é sobre minha perspectiva de mudanças, que nunca chegavam por falta de coragem (o que ainda não tenho de sobra, quando o assunto é sair da zona de conforto) e enfim este dia chegou. Não digo que larguei tudo, ou joguei tudo pro alto, não foi bem assim. Fiz o que tinha de fazer no momento certo, eu acho.

            Agora estou eu às voltas com as novas condições, significações e exclamações sobre os novos trilhos que surgem à frente. Faz pouco tempo, mas já dá pra ter uma noção de que a escolha foi exatamente meio a meio, me cabe alimentar/trabalhar/modelar/recriar a parte do “dar certo” e fingir que a outra probabilidade irá zerar ao longo do tempo. Convivo agora com pessoas diferentes e de hábitos peculiares. Gosto de parecer seguro (machismo, eu sei) o tempo inteiro, mas em poucos dias já me perguntei se a escolha foi certa, ainda não me permiti responder, mas a vontade de mudar de vida é maior do que qualquer dúvida. Ficar parado não é a solução, se jogar de um penhasco procurando aventuras também não.


            Quem nunca, em longos devaneios etílicos ou não, sonhou em ter um Delorean?! Mas o lance de voltar no tempo resolveria, ou só daria um rumo diferente para o inevitável?! Não acredito em destino, sina, karma, essas coisas todas. “Boa sorte” não é uma opção plausível hoje em dia. Acredito que devemos fazer o que estamos aqui para fazer. Seu tive coragem, vocês também terão. Mudem, porque quando a gente muda o mundo muda com a gente.