Incrível é conseguir começar pela
primeira vez a escrever algo sem definir título antes. Talvez seja porque a mente
está cheia de muita coisa e não sei direito onde tudo isso vai parar. Mas hoje
não sei mais se vou falar de flores (eu já escrevi sobre isso por acaso?!) e
nem falar só de espinhos. Quero falar de uma vida, uma história, e não é
necessariamente a minha. Não, eu acho que não é. Perceber quando tudo vai
mudando lentamente e que determinadas situações voltam a acontecer é que mais
mete medo em muita gente, e em mim também.
Certa
vez uma pessoa conheceu outra pessoa, que achava ser a solução pros seus
problemas, uma válvula de escape, ou alguém que fosse manager das
organizações Tabajara no que diz respeito à solução de problemas alheios. Mas
não, não era. É impressionante, e às vezes chega a ser hilário, como tendemos a
achar “gente” pra ser a solução de algo que só depende única e exclusivamente
de uma pessoa: Você/eu mesmo. Não, eu não curto Augusto Cury, apesar do papo
aqui estar caminhando pra isso.
Existem
momentos onde temos a certeza que nada vale muito à pena, e que jogar tudo pro
alto ou torcer para que o dia “21/12” realmente aconteça. Isso nos leva a crer
que perdemos a fé em si (paradoxal eu sei) e que tudo que queremos é de fato um
botão de reset (Nunca diga restart!) pra ver se as coisas mudam.
Rever
os conceitos sempre é bom, apesar de parecer propaganda de carro. E por mais
absurdo que pareça estou querendo empregar isso em muitas coisas pra ver se
realmente os “gurus” tem razão. Perceber que a vida tá rolando e que vários
cavalos encilhados passaram e não pudemos montar, isso é chato, mas não é digno
de arrependimentos. Acho que não devemos nos arrepender de nada, devemos é pensar,
repensar e tré-pensar (acho que inventei isso agora) nas atitudes e
consequências, causas e efeitos, ações e reações e por aí vai. Mas isso não nos
impede de errar um bocado, na verdade certo ou errado depende de um ponto só: o
de vista. E esse é mais relativo do que tudo no mundo.
Esse
enrolation/embromation todo foi só pra dizer que a mudança chega pra todos.
Receber o “nuevo” de braços abertos é uma decisão que cabe a cada um. E no
começo, disse eu, que não seria algo sobre mim, mas é sim, é sobre minha
perspectiva de mudanças, que nunca chegavam por falta de coragem (o que ainda
não tenho de sobra, quando o assunto é sair da zona de conforto) e enfim este
dia chegou. Não digo que larguei tudo, ou joguei tudo pro alto, não foi bem
assim. Fiz o que tinha de fazer no momento certo, eu acho.
Agora
estou eu às voltas com as novas condições, significações e exclamações sobre os
novos trilhos que surgem à frente. Faz pouco tempo, mas já dá pra ter uma noção
de que a escolha foi exatamente meio a meio, me cabe alimentar/trabalhar/modelar/recriar
a parte do “dar certo” e fingir que a outra probabilidade irá zerar ao longo do
tempo. Convivo agora com pessoas diferentes e de hábitos peculiares. Gosto de
parecer seguro (machismo, eu sei) o tempo inteiro, mas em poucos dias já me
perguntei se a escolha foi certa, ainda não me permiti responder, mas a vontade
de mudar de vida é maior do que qualquer dúvida. Ficar parado não é a solução,
se jogar de um penhasco procurando aventuras também não.
Quem
nunca, em longos devaneios etílicos ou não, sonhou em ter um Delorean?!
Mas o lance de voltar no tempo resolveria, ou só daria um rumo diferente para o
inevitável?! Não acredito em destino, sina, karma, essas coisas todas. “Boa
sorte” não é uma opção plausível hoje em dia. Acredito que devemos fazer o que
estamos aqui para fazer. Seu tive coragem, vocês também terão. Mudem, porque
quando a gente muda o mundo muda com a gente.
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