quarta-feira, 26 de junho de 2013

Breve história do povo contra algo, na terra do “que país é esse”?!

De fato entendo que manifestações são reflexo da democracia arraigada, e muito jovem, plantada em nosso país por movimentos de outrora. O grande confronto de semana passada simbolizou o despreparo de manifestantes/policiais, gerando agressões de ambos os lados. O inimigo é a polícia (em alguns casos, talvez)?! Não. O inimigo é o falso-estado-democrático-de-direito! Balas de borracha, bombas de efeito moral? Uma ova!! Vários jornalistas foram agredidos durante os manifestos, tiveram seus equipamentos quebrados e levaram tiros “não letais”. A policia não desce o sarrafo sem ordens, e essas vieram do estado. Prova disso que as manifestações seguintes estão menos repreendidas pela “lei”.


Esse é o mundo em que vivemos, onde uma leva de pessoas vai as ruas lutando (as vezes literalmente) contra um sistema dominante, onde tudo é proibido, desde que não seja do meu/seu interesse, tudo é errado desde que não seja o meu/seu ponto de vista. A democracia não existe, eu disse: NÃO EXISTE! O conceito básico seria o mesmo daquele povo lá: Liberdade, igualdade e fraternidade. Mas não temos liberdade em nenhum aspecto. Igualdade? Nunca. Em um país onde existem cotas raciais, bolsas de A a Z, e gente se matando pra ganhar um salário mensal, que um traficante paga semanalmente para o seu “Vapor”, definitivamente não podemos falar que existe igualdade. Fraternidade: A palavra mais demagoga que existe. Fraterno com o próximo, mas só quando esse compactua de meus/seus pensamentos e atitudes?! Todos nós somos do “farinha pouca? meu pirão primeiro”. Mentira de quem disser que não.


Ah, como é bom ver (de longe) essas manifestações, dá uma sensação de...de...será que “eles” sabem mesmo o que querem?! Duvido muito. O que era pra ser uma ato isolado contra o aumento da passagem de ônibus em São Paulo, ganhou proporções “titânicas”, sim titânicas, porque essa é a força que os manifestantes acham que possuem. Gritos e estardalhaços de maneira desorganizada(organizada em redes sociais como um trote de universidade, ou confronto de torcidas) com cartazes de protestos contra – não são só vinte centavos- e sim tudo e todos. O estopim foi a passagem de ônibus, mas algo já havia sido articulado antes, só não se sabia ao certo qual seria melhor data para iniciar o “levante”. Fica claro que os manifestantes não sabem bem o que reivindicar, ir pra rua pra fazer volume não adianta se não há um objetivo. Gritar e fazer cartazes pra aparecer na TV e contar pros filhos/netos “olha eu estive lá” - sem que isso tenha de fato gerado alguma mudança, servirá apenas para ostentar a posição de revolucionário de meia tigela, o que de fato boa parte é.


Na verdade, há uma confusão de ideias e ideais nessa revolução física/digital. Protestar por protestar eu faço todo dia, de maneira bem/mal humorada e sem correr o risco de tomar um tiro. Ponto de impacto, perspectiva, objetivo, ideia de como se portar melhor perante a sociedade, pensar numa solução do que é melhor e o que agradaria ao senso coletivo, mudança de postura, atitude relativas ao interesse que não seja o próprio, cadê? Não tem! Infelizmente a maior parte dos manifestantes tem lado, todos nós temos um lado(negro ou não) ao qual seguimos. Isso reflete nos atos criando um jogo de interesses tremendo, ofuscando a “boa intenção” do manifesto. De fato, devíamos ir as ruas com algo mais concreto para reivindicar, algo mais possível e “palpável” e não com cartazes de "Não jogue fora seu voto", "Saiba votar", "Proteste nas urnas", que em minha opinião, soa tão vago quanto uma candidata a miss - leitora de O pequeno Príncipe – desejando a “Paz mundial”.



Não obstante, um dia após a “retomada” do congresso, a nobre comissão dos direitos humanos, aprova algo abominável denominado de “Cura Gay”, what a fuck?! Pessoal, a religião é a maior responsável pela alienação da humanidade, falo de TODAS as religiões. Onde é possível um desorientado como o pastor (com cara de ex-travesti) Feliciano lutar pra curar algo que não é doença? E a bancada religiosa (boa parte bem corrupta) que habita a política nacional vai levar em diante a votação, porque está escrito naquele “livrinho de regras” - já falei sobre ele antes – que é errado e por isso é doença. Errado é ver pessoas levantando todos os dias, lotando templos e elevando o olhar e aplaudindo o que esses filhos-da-puta-divinos pregam. Errado é ver gente humilde sendo ludibriada pela tão sonhada “salvação”. Descobri porque são ovelhas, ou rebanho, ou qualquer outro nome que dão, porque são animais com a face inexpressiva, sem vida, já sugados até a alma(se é que existe uma) indo rumo ao abatedouro, todos sendo guiados pela batida do cajado pastoral. Mas isso é uma outra história...

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