Sei que ainda faltam alguns dias mas dezembro já tá batendo na
porta(leia-se o natal tá chegando) e como todos os anos chegam
também as festinhas da repartição, os enfeites, os presentes
e...as falsidades mutuas que permeiam o clima, a mente, a rede social
e a vida de um monte de gente. Não, eu não estou sendo chato. Sou
apenas realista, se você não aguenta o minimo de
realidade(sinceridade) pare de ler a partir deste ponto.
Falemos deste sentimento e clima de “paz”, que corresponde ao
amor de um ser que só é lembrado ao pé da letra durante o último
mês do ano. Um povo que dá sorrisos “Big Mac” durante todo o
ano e no mês de dezembro veem com essa de fraternidade,
definitivamente não merece meu respeito. Seja você mesmo 365 dias
por ano, sem falsidades sem tapinhas nas costas, sem sorrisos (e
camaros) amarelos. Respeite se você acredita, e dissemine o
sentimento que Ele pregou quando andou(se é que realmente andou) por
aqui. Gente que passa o ano inteiro querendo derrubar outras pessoas
do último degrau da escada, não deveriam se prestar a determinadas
situações afáveis neste período. Uma surpresa já que no restante
do ano são como pitons uns com os outros.
Quem mais me surpreende são as mulheres (sem machismo viu?!),
animadas ao enfeitar as arvores natalinas, o local de trabalho,ao
organizar a ceia, na compra dos presentes e na responsabilidade
eterna de fazer você(homem) se sentir culpado porque esqueceu do
presente da mãe(dela) ou deu a boneca “errada” que a filha,
sobrinha, afilhada tanto queriam. Isso renderá uma ladainha novenal
sem precedentes até o fim do próximo ano. Já pensou uma mulher lhe
cobrando algo que não tem a menor relevância durante 365 dias
consecutivos e ininterruptos?! Pois pense bem e anote sempre tudo que
elas nos mandam fazer. Mas NUNCA faça tudo o que elas sugerem, pois
isso seria encontrar a origem da permuta entre a força falsa de um
cartão de crédito ao invés de um fio de bigode. Não entendeu né?!
Eu sei, a intenção foi essa!
A mercantilização das datas não vem de agora, há muito se
utiliza da fé, da falta dela ou de cérebro para coagir, condicionar
e impulsionar o consumo “cristão” nessa (e em várias outras)
data(s) simbólica(s) para algumas religiões. Todos os meios de
comunicação tornam-se disseminadores sem escrúpulos de propagandas
e promoções escabrosas, para fazer você consumir desenfreadamente,
desnecessariamente, para a porra do seu ego social conseguir fazer
parte do grupinho seleto do “Então é natal”(Nota mental: Odeio
Simone e suas canções natalinas). Fazendo com que nossa alma fique
presa em milhares de prestações para o ano seguinte. Mas dane-se, é
festa, eu sou bonzinho, tenho que doar, dar, surpreender, compreender
e fazer tudo que não fizemos no restante do ano.
Eu gosto dessa época do ano, sem sarcasmo, tem festas e onde tem
festas tem “birita”, e “breja” grátis eu aceito até em
reunião de testemunhas de jeová. E como a história TODA tem o viés
econômico, nada mais justo do que torrar o salário de dezembro e o
13ºinteiro em presentes e festas. E ficar urrando até 31 de janeiro
do ano seguinte. Percebam que nem a crise econômica consegue abalar
as “boas festas”, observem que as ruas e lojas estarão lotadas,
mesmo que você não tenha a especie mais desejada,
cobiçada,motivadora de atrocidades,mas que resolve todos os
problemas mundanos: O dinheiro.
É
ele, a mola mestra do mundo, o capital(Marx feelings)
que dita as regras de mercado(junto com as especulações
financeiras) mas isso não vem ao caso. “Dinheiro não traz
felicidade”.O autor desta frase foi um milionário frustrado que no
mínimo descobriu que tinha uma doença incurável e confessou isso
no ouvido de alguém em seu leito de morte. Porque dinheiro não
traz, ele manda buscar a jato, numa bandeja de prata, numa cama
dourada ou num palácio em Brunei.
Todos gostamos, todos trabalhos para tê-lo, mas nunca observamos que
o condicionamento humano às categorizações sociais transformaram
um pedaço de papel com algumas ilustrações e frases em algo de
valor.
Já
pensou que um índio(isolado e não catequizado) poderia muito bem
tocar fogo em uma pilha de milhares de notas de cem só pra muquinhar
um peixe?! É isso mesmo, pense bem que hoje temos outros valores,
isso não quer dizer que perdemos o respeito pelos valores antigos,
só que os valores antigos perderam o valor. Querem pegar a moeda
corrente do país sem mais nem menos e retirar a frase “Deus seja
louvado” por se tratar de descaracterização do “Estado Laico”.
Bando de hipócritas!Diferença alguma irá fazer a retirada ou a
inclusão de nomes de novos deuses e/ou divindades na cédula. Isso
teria uma argumentação válida se caso as igrejas que arrecadam(E
MUITO) para a “obra”, começassem a ver o dinheiro sem a
escritura supracitada como algo impuro e não aceitassem mais como
oferta. Já pensou como seria legal, ver gente dando ao invés de
grana, o carro, a casa...oh
wait!?Mas
isso é uma outra história...
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