terça-feira, 26 de julho de 2022

Me perdi na queda

Haja coragem pra falar, mas antes que a gente agonize e morra, nós precisamos gritar. O drama é humano?! É trabalho, é vício,  talvez sacrifício, necessário!? Imposto mas não disposto. É tanta coisa pra analisar, resolver, (se) dissolver  numa única vida.
É tanta porrada em cada acorde de sobrevivência, é tanto túnel sem luz, é quase palpável os anseios por vivência.
O dia-a-dia corrói, destrói a massa (cinzenta) que aglomera, que torce, que corre, que morre.

Operário padrão, somos todos nós. Do assalariado da metalúrgica aos empregados regido pelas "beneces" de um cargo pseudo-vitalício. Isso vale até praquele raça-massa que vomita meritocracia enquanto lixa as unhas e se lixa pro lixo ao redor.

A massa mesmo que faça, fuce e force, continuará na fossa. Essa é a jornada (sem heróis), não tem porque reclamar, é sucumbir ou reagir e se adaptar.

Talvez não seja a massa de Adorno, não é quiçá a complexidade do tilintar de neurônios cinzas descritos na teoria de Morin,  mas aquele massa da mente (que massa!). Sim,  a do cara que pensa no preço do gás, multiplica pelo pão x leite e os "noves fora" são os minutos que sobram de embriaguez travestida de dignidade. Não dá pra fugir desse lugar, não há vida melhor no futuro. Skank e Lulu mentiram pra nós.