Ele insistentemente
piegas
Ela definitivamente
fofa
Ele puxa assunto com
aqueles “papos de taxista”
Ela responde com a
delicadeza que não aparenta ter
Ele “irritantemente”
romântico à moda antiga
Ela sem frescuras,
papas na língua, meias palavras
Ele sofrendo antecipado
com possíveis percas futuras
Ela esbravejando com
punições presentes oriundas do passado
Ele singularmente
elogioso, com segundas, terceiras e quartas intenções
Ela respeitosa, firme e
bem consciente do que pode ser ou do que não o é
Ele tentou mudar
radicalmente, fugiu, mas voltou
Ela disse que sofreu,
tentou, buscou, aprendeu, seguiu
Ele evidentemente não
é mais o que um dia pensou ser
Ela é mais do que um
dia sequer ele cogitou observar
Ele encontrou amores
animalescos
Ela bateu de frente com
um flerte perdido em meio ao caos das timelines da vida
Ele frequentemente
segue aparentando ser altivo, decidido e firme
Ela segue sendo tudo
isso
Ele é quase um covarde
em tempo integral
Ela cheia de dúvidas e
com razão, ou não
Ele particularmente
cheio de verso e prosa
Ela suspirando e
sorrindo, por enquanto imaginando
Ele desconstrutor de
“verdades absolutas”
Ela uma dócil e
rústica (quando precisa) sonhadora de pés no chão
Ele verdadeiramente
voraz
Ela é delicadeza e
suavidade na voz, mesmo “com fome”
Ele alucinado por
perguntas
Ela louca por respostas
Ele inocentemente (não
tanto) se abriu como nunca o fazia
Ela atenta e receptiva
em contrapartida
Ele chama, instiga,
“castiga” nas horas (talvez) mais impróprias
Ela sorri, com lábios
rubros e misteriosos, iluminando as manhãs cinzentas e chuvosas da
alma
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