Os últimos dias tem se mostrado promissores, em todos os setores de minha medíocre vida. Conheci pessoas, ratifiquei e retifiquei amizades, pedi desculpas, "dei de comer" à sentimentos (Há muito) petrificados. Vi antigas promessas, revivi antigos erros, vivi novos cheiros e sabores. Não sou muito de falar sobre fé\esperança, com ninguém, sempre foi algo meio que um "campo minado" este tipo de conversa para mim. É algo tipo tentar explicar pra minha família que não frequento nenhuma igreja, templo, sinagoga, célula, etc. E ainda assim não ser ateu. Pois bem, minha fé tem crescido, não sei em quem ou o quê ao certo, mas tem sido potencializada e muito.
Passei a visualizar as situações com um pouco mais de clareza e (Ironia vindo de mim, eu sei) sobriedade. Parece que semana passada eu tinha acabado de fazer 18 anos, e de repente tudo ficou expressivo e significantes como se eu tivesse a experiência dos quarentões (Idade desse que vos escreve: 34) com aquele olhar que sabe exatamente o que quer, de resolver situações, que antes eram impensáveis, apenas com poucas palavras. Uma coragem, um firmeza, uma
auto-estima que antes era algo distante. Crise da "meia idade"?! Creio que não. Acho que apenas uma aceitação maior das vertentes de vida, das possibilidades, das consequências e inconsequências também. Porque, lógico, eu não seria louco de não ser um pouco louco. E decepcionar o querido Bukowski?! Jamais.
Falta algo ainda, eu sei, ah e como sei. Mas depende única e exclusivamente de minhas decisões, meus posicionamentos, de minhas convicções.O "pensar mais em mim" me faz parecer egoísta, mas quem não é?! Vale lembrar que não existem certezas, apenas variáveis quânticas que nunca vamos utilizar quando falamos de sentimentos. Mas que pra parecer um pregador da razoabilidade utilizamos desse subterfúgio composto por múltiplos cálculos e probabilidades. Quando na verdade basta apenas querermos e agirmos. Só aí tudo se resolve. Ainda pareço confuso, eu sei. Mas não vim aqui pra explicar nada, vim pra confundir.
Não é o último texto desse ano (espero) mas com certeza tem um tom de retrospectiva. Claro, foi um ano atípico, com mudanças bruscas e reviravoltas como que em uma novela da Televisa. Mas no fundo tudo foi bem proveitoso, está sendo bem proveitoso diga-se de passagem. Gostei de aprender (aprimorar) uma nova língua, como disse antes, conheci pessoas e fiz novos amigos,que mesmo distantes tem um significado grande para mim. E isso talvez seja um dos motivos pelo qual meu espírito está tão em paz. Tenho medo quando não estou tenso com algo, fico com aquele pensamente de "vai acontecer uma merda grande esses dias". Quando na verdade deve ser apenas a minha vida sendo renovada (calma, não virei evangélico), mas sinto que tudo vai ficar muito bem de hoje em diante.