Não
possuo muitos leitores assíduos neste blog(Na verdade, não possuo
muitos leitores), e de fato esse texto deveria ser bem direcionado e
feito em forma de memorando, mas se a carapuça couber em alguém,
talvez não seja mera coincidência. Vida que segue.
Temos como premissa básica da convivência humana a
palavra que mais ouço ultimamente, quer no mundo real ou
virtual:Respeito. Será que realmente sabemos o significado desse
termo, que pauta tantos as relações interpessoais?! Talvez sim, ou
talvez não. Como já escrevi antes, tudo depende do ponto de vista.
Tanto no profissional quanto no pessoal(Faustaniei?! Valei-me!),
devemos respeitar sempre, tudo e todos.
E
os limites onde ficam nessas relações? Como mensurar as palavras
num mundo tão cheio de direitos escritos e ratificados não só na
Magna
Charta Libertatum ,
mas também nas Social
Networks da
vida, homologados com sangue tal qual um pacto divino?! Não temos
como saber ao certo, se a palavra mais correta é essa ou aquela, não
temos como prever num mundo tão transversal qual a atitude mais
correta a ser tomada. Não temos.
Achismos em demasia é o que tenho acompanhando nesses
capítulos recentes dessa novela mexicana chamada vida. Engraçado
como tudo passa “despercebido” e de repente toma proporções
abissais. O simples fato de você, eu ou qualquer um não “irmos
com a cara” de fulano ou beltrano não nos dá o
direito(Acostumem-se vou usar muito essa palavra no decorrer desse
mimimi narrativo) de julgar, mas há uma hierarquia funcional, que
serve de norte pessoalmente e profissionalmente, para que limites não
sejam ultrapassados e não hajam situações desconfortáveis ao
longo das relações.
Direitos
e deveres são coisas tão básicas, que até o mais desprovido de
raciocínio compreende as maneiras de se agir em casa, na rua, no
trabalho, na chuva ou na fazenda(incidental) e se portar como manda
aquela parte que “R.I.P”
em alguns cérebros, que é responsável pelo bom senso e o respeito
mutuo nesse mundo de meninas engavetadas.
Na
verdade, ser um estranho no ninho é algo normal nesse mundo de
coletividades unilaterais e compartilhamentos de abraços solitários
em um monitor Led,Lcd
ou
Full HD.A
culpa é sempre de quem opta por se isolar – pode parecer cruel mas
damos aos problemas a proporção que queremos – de fato, é em
situações como essas que devemos prezar pela autoavaliação. Onde
eu estou errado, onde estamos errados, onde isso aqui tá errado?!
Mas cadê a porra do bom senso pra fazer essa reflexão? Ninguém
tem. E seguimos na caixinha de introspecção até um dia rolar
um“Tiros em Columbine” ou algo pior.
Não é nada pessoal, são só negócios. Soa clichê,
mas é a mais pura verdade. Temos infelizmente pessoas que ainda não
compreendem essa assertiva. Sinto muito, acostume-se o mundo é assim
mesmo. Errado é você que pensa dentro do seu armário que vai
encontrar uma bela passagem para Nárnia, um fauno lindo e se casar
com ele, e dessa maneira se livrar dos “problemas” que se
aglomeram ao seu redor. O mundo real não tem passagem, não tem
fauno bonitinho, não tem espaço para coitadismos e não tem
frescurinhas ao entardecer. O mundo real tem Freud, tem Edgar Morrin,
tem “Behaviorismo” tem Pavlov. Nesse ínterim, temos Gardenal,
Disconel, Dienpax, Lexotan, Rivotril e outras pílulas mais.
Por um mundo onde deixemos de ter pena de si mesmos,
onde não façamos reflexo nos outros os nossos conflitos internos ,
onde uma primeira impressão não seja a que fique, onde uma corda no
pescoço ou uma bala na cabeça não sejam as primeiras alternativas
(a não ser que você tenha tentando todas as opções acima citadas
e nada tenha funcionado) dê uma folga pro egoísmo, olhe para o lado
e agradeça ao invés de reclamar e esbravejar sempre, surrando
teclados, que nada tem culpa. Deixemos de frescuras com nossa “falta
de capacidade”,e deixemos de estar insatisfeitos sempre. Devemos
deixar de ver o lado ruim das coisas, vamos pensar que o vazio do
copo depende da nossa mão para enchê-lo. É um pensamento que todos
deveríamos abraçar, antes do tiro fatal, das pernas esticadas ou do
pulo no abismo.