terça-feira, 22 de maio de 2012
Sobre os heróis dos outros, culpados pela mídia e um saco transbordando
Quase cinco meses sem postar nada, ideias de menos ou trabalhos de mais?! Nunca sei responder, acho que inércia cerebral mesmo, logo de um cérebro que se diz vivo!? Eu sei, é meio contraditório, mas é o que temos pra hoje.
A comunicação é fascinante por você poder atingir, se fazer entender(às vezes), ou manter contato com o maior número de pessoas possível, e ainda assim sentir que não está sendo ouvido. É clichê, e nós sabemos disso, falar que as redes sociais estão cada vez mais acentuando e modificando a veia comunicacional tá se tornando até chato. Em contrapartida, estão entorpecidas e “embabacadas“ por correntes(que testam sua fé!?), aplicativos (que testam sua paciência) e demonstrações excessivas de religiosidade, ateísmo, falso moralismo e consciência social (mais falsa ainda).
Já perceberam como uma foto ou vídeo de um animal sendo morto ou maltratado gera um “zilhão” de “curtir” e “compartilhar”? Não concordo com maus tratos a nenhum ser vivo, mas desejar pena de morte a uma pessoa que espanca cachorrinhos ranzinzas, qual é?! Demagogia demais pro meu gosto(que me desculpe a sociedade protetora dos animais) quando na verdade a mídia (ou quarto poder) como alguns chamam, se alimenta desse clímax de “justiça social” utilizando episódios dantescos como esses e outros para desviar e evitar a analise crítica do real extermínio que estamos sofrendo dia a dia: o do raciocínio.
Nosso país se “liga” superficialmente nos acontecimentos, pois estamos ocupados demais gritando gol ou tentando ganhar o nosso(ou tira-lo da reta, não necessariamente nessa mesma ordem). Cadê nossos “heróis”( se é que já tivemos algum), os que nos orgulhamos de ter como “brasileiro nato”? Tirando os símbolos e exemplos esportivos, não temos orgulho de nenhuma outra personalidade, a não ser aquelas que os grandes conglomerados de mídia empurram-nos goela abaixo todo dia. Celebridades instantâneas, hibridas e disformes , emitindo sua opinião como se fosse a verdade absoluta que cura o câncer social chamado hipocrisia.
Escândalos e mais escândalos políticos são noticiados com tanta frequência que não nos espantamos mais, isso me dá medo, de verdade. Paramos no tempo, estamos sem tempo, queremos dar um tempo. Perder a capacidade de se indignar sempre foi(e deve continuar sendo) o pior de nossos pesadelos. Por quê não vamos à luta, sem fuzis e baionetas, mas com ideias e ideais na ponta da língua ou da caneta. Começo a achar que os caras pintadas da década de noventa cresceram demais e se tornaram os yuppies que vemos e obedecemos todos os dias, e que esses mesmos que condenaram até a última geração de um certo presidente, por roubos bem menores do que os de hoje, estão sentados observando tudo com um ar de “não vai dar em nada” , e o pior de tudo isso: Não dá em nada mesmo.
Desculpem o desabafo, mas eu só aquele garoto da música do Cazuza, que iria mudar o mundo mas agora assiste a tudo em cima do muro, pois todos os heróis morreram de overdose, mas nem todos os inimigos estão no poder, e pelo “andar da carruagem” estão chegando lá. Uma CPI instaurada pra investigar e concluir o óbvio, leva tempo e dinheiro, dinheiro esse que daria pra alimentar dezenas de famílias, investir em saúde, educação e etc. Mas isso não pode ser contabilizado nem levado em consideração, uma vez que o circo sem palhaços no picadeiro perdem completamente a magia, e pior, não arrecada uma grande bilheteria.
Ideologia, eu preciso dela não pra viver, mas pra declarar pelo menos no meu imposto de renda!
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